domingo, 8 de janeiro de 2012

Dualidades sobre o AMOR

Este é o meu primeiro Post de 2012 e nele gostaria de fazer uma pequena analogia entre memória e amor. Parte é um texto científico, a outra são de experiências vividas.



› Memória de curto prazo – esta memória é reversível e temporária, processando os dados que se utilizam de forma consciente para responder aos problemas com que nos deparamos. Ao decorrer um mecanismo fisiológico, por exemplo, um impulso electroquímico, gera-se um impulso sináptico, que pode manter vivo um traço da memória por um período de tempo limitado. Por isso, a memória de curto prazo é pouco relevante para a aprendizagem.
Atualmente, divide-se a memória de curto prazo em dois outros tipos de memória: a memória de extensão e a memória de trabalho. A extensão é a capacidade instantânea para fixar informações, sendo utilizada, por exemplo, para repetir três números que acabámos de ouvir. No entanto, para referir os números pela ordem inversa, já é necessário um processamento que se inscreve na memória de trabalho. A memória de trabalho permite-nos conversar e compor as frases enquanto estamos a falar, responder a uma pergunta antes de nos esquecermos do conteúdo da mesma, raciocinar e fazer cálculos mentais no momento da ação.

› Memória de longo prazo - esta memória constante depende essencialmente das transformações ocorridas na estrutura química ou física dos neurónios, permitindo “arquivar” as percepções, os sentimentos e as ações do passado.
Normalmente, os cientistas dividem a memória de longo prazo em dois tipos: declarativa/explícita (coisas sobre as quais sabemos ter lembrança, como a cor do nosso carro) e não-declarativa/implícita (coisas que sabemos, mas nas quais não pensamos de forma consciente, como andar de bicicleta).

A memória a curto prazo e a memória a longo prazo são comparáveis às memórias do computador. A memória a curto prazo corresponderia à memória RAM, dado que a informação se perde quando o computador é desligado e tem uma capacidade menor. Por outro lado, a memória a longo prazo é comparável ao disco rígido, pois a informação é guardada até ser excluída para deixar “espaço” livre e tem uma capacidade muito superior.]
Quando amamos acontece a mesma coisa. Usamos a memória a curto prazo para armazenar algumas injúrias e desentendimentos ocorridos no dia-a-dia e as apagamos quando recebemos um afeto, carinho ou uma demonstração de amor.
Porém, quando a relação se acaba, recorremos a memória a longo prazo não raciocinando coerentemente, mantendo as lembranças dos bons e maus momentos avivadas . Como a capacidade de armazenamento é muito superior, sofremos de modo exacerbado pois na verdade não as queremos deletá-las e deixar espaço livre para novas relações. Com isso, não nos permitimos amar novamente, reviver emoções e ser felizes.
Não podemos simplesmente fazer com nossas memórias assim como fazemos com nosso computador, identificamos o que queremos excluir e clicamos com o mouse e simplesmente deletamos. O nosso OPERADOR está acima das coisas terrenas. Só ELE pode inserir ou deletar "arquivos" em nossa memória. Só ELE nós dá a capacidade suprema de aprendermos cada vez mais com nossas decisões, erros e acertos.
Obrigado ao maior de todos os programadores ! Obrigado DEUS por fazer de mim um instrumento de aprendizado e difusão de seu amor. Obrigado por mais um ano de vida .

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