domingo, 24 de março de 2013

O essencial !

" Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.....
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana: que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.
Quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial ! "

( Mário de Andrade )






terça-feira, 19 de março de 2013

Verdades

Tudo que temos é o agora. As medidas de nossa paz de espírito e de nossa eficácia pessoal são determinadas por quanto somos capazes de viver o momento presente. 
A despeito do que aconteceu ontem ou do que possa acontecer amanhã, o agora é o momento em que se está. Desse ponto de vista, a chave para a felicidade e para o contentamento deve ser a focalização de nossas mentes no momento presente!
Uma das coisas mais lindas a respeito das crianças é o fato de elas se envolverem completamente no momento presente. 

Elas conseguem se envolver por completo em qualquer coisa que estejam fazendo – seja observar um besouro, fazer um desenho, construir um castelo de areia ou qualquer coisa em que decidam aplicar suas energias. 
Mas, conforme nos tornamos adultos muitos de nós aprendemos a arte de pensar e de nos preocupar a respeito de muitas coisas ao mesmo tempo. 
Conseguimos deixar que nosso problemas passados e nossas preocupações com o futuro invadam e povoem o nosso presente de modo a nos tornarmos deprimidos e ineficazes.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Relacionamento, Tênis e Frescobol. ( Rubem Alves )




Depois de muito meditar sobre o assunto, conclui que os relacionamentos são de dois tipos: há os relacionamentos tipo Tênis e os relacionamentos tipo frescobol.
Os relacionamentos tipo Tênis são uma fonte de raiva, ressentimento e terminam sempre mal. Os relacionamentos tipo frescobol são uma fonte de alegria e tem chance de ter vida longa. 

Explico-me: 
Para começar uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo plenamente. Dizia ele: "Ao pensar sobre a Possibilidade de um casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria Capaz de conversar com esta pessoa até sua velhice? Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo, São aquelas construídas sobre a arte de conversar. " 
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E amantes inexperientes, agem contrariamente ao que pensam, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: "Eu te amo ..." 
Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, 'eu te amo' não quer dizer mais nada. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. 
Recordo a sabedoria de Adélia Prado: "Erótica é a alma." 
O Tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E sua derrota se revela no erro seu, o outro foi Incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem uma noção exata do ponto fraco do seu adversário. E é justamente para aí que ele vai dirigir em sua cortada - palavra muito sugestiva -- que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente em um momento que o jogo não pode continuar mais, porque o adversário foi colocado fora do jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro. 
O frescobol se parece muito com o tênis, dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro POSSA, então, pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser um derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como uma ejaculação precoce; um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, vir e ir ... E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância; começa-se tudo de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos ... 
A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob uma forma de palavras ... 
Conversar é ficar batendo sonho prá cá, sonho prá lá .... Mas há casais que jogam como se jogassem tênis.
Ficam a espera do momento certo para uma cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão ... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. 
Já no Frescobol é diferente, o sonho do outro é um brinquedo que DEVE ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que falar, ao outro, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor ... Ninguém ganha, para que Ganhem os dois.
E se deseja então, que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Relexão !!!


Tudo que temos é o agora. As medidas de nossa paz de espírito e de nossa eficácia pessoal são determinadas por quanto somos capazes de viver o momento presente. A despeito do que aconteceu ontem ou do que possa acontecer amanhã, o agora é o momento em que se está. Desse ponto de vista, a chave para a felicidade e para o contentamento deve ser a focalização de nossas mentes no momento presente!

Uma das coisas mais lindas a respeito das crianças é o fato de elas se envolverem completamente no momento presente. Elas conseguem se envolver por completo em qualquer coisa que estejam fazendo – seja observar um besouro, fazer um desenho, construir um castelo de areia ou qualquer coisa em que decidam aplicar suas energias. Mas, conforme nos tornamos adultos muitos de nós aprendemos a arte de pensar e de nos preocupar a respeito de muitas coisas ao mesmo tempo. Conseguimos deixar que nosso problemas passados e nossas preocupações com o futuro invadam e povoem o nosso presente de modo a nos tornarmos deprimidos e ineficazes.