segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Os desígnios de DEUS

A Bíblia e os documentos da Igreja usam esta expressão: "os desígnios de Deus" .
Desígnio é mais que um simples desejo, são as disposições de Deus:
Seus planos, Seus projetos, Seus propósitos de amor para conosco. Ele tem desígnios de amor para a nossa vida, por isso, necessitamos entrar nos propósitos de Deus.
Se caminharmos segundo a vontade de Deus, a nossa vida seguirá como um rio: tortuoso sim, com muitos obstáculos no seu leito, mas, seguro em seu curso natural. Por outro lado, se não formos dóceis à vontade Dele, não seremos pessoas felizes e realizadas.
Uma árvore, mesmo não produzindo nenhuma flor e nenhum fruto, já realiza o seu papel.
Durante a noite, ela transforma o gás carbônico e toda a poluição em oxigênio.
Todo ser que realiza a finalidade de sua existência é uma bênção para si e para os outros.
E aquele que faz tudo ao contrário do que Deus lhe pede e, foge da razão da sua própria existência, torna-se um infeliz, um frustrado... porque fugiu da graça.
A criatura humana foi criada para Deus. Quando se encaminha para Ele, torna-se uma felicidade e uma bênção para si e o para os demais.

Nunca deixe de voar .......

Video recebido e muito bem recebido de meu amigo Mauricio da Conceição. Excelente !!!!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sabedoria indígena.......sabedoria de Deus

Parte da narrativa que transcreverei faz parte de um dos livros de uma pessoa que conheci e considero como um amigo chamado Daniel Munduruku : O Banquete dos Deuses. O que podemos observar é que a sabedoria, o conhecimento que os anciões nos transmitem, realmente são de importancia para nossas vidas, vivemos a correr para todos os lados e deixamos de olhar e apreciar a beleza das pequenas coisas.

No livro, Daniel relata as experiências vivenciadas e transmitidas a ele pelo seu avô Apolinário e  em um dos textos observamos  o seguinte :

".........Sempre que eu vinha da cidade para a aldeiaa, chegava muito agitado, confuso, inquieto. O velho ficava observando meus movimentos de forma muito discreta, não deixando que eu percebesse que ele acompanhava meus modos. Num determinado momento me convidou para tomar banho no Igarapé que corria perto da aldeia. Fui sem atentar em nada que fosse anormal no comportamento do velho. Ao chegar ao rio, pediu pediu para que eu fosse até uma pequena queda-d'água, sentasse numa pedra e observasse todos os movimentos que o rio fazia. Não fazia idéia do que pretendia. Enquanto permaneci ali, ele não se moveu do lugar. Acocorou-se na parte baixa do rio e jogou água sobre seu corpo com as mãos em concha. Vez por outra olhava para mim e apontava  para a água como se dissesse que eu também devia olhar para ela.
Passaram-se muitas horas. No final, em vez de estar cansado por ter ficado muito tempo numa posição pouco cômoda, sentia uma estranha paz percorrer meu corpo. Então se levantou e me chamou dizendo: "Hoje você aprendeu algo novo. Nunca se deixe levar pelo barulho interior. A gente tem de ser como o rio. Não há empecilho no mundo que o faça sair do seu percurso. Ele caminha lenta mas constantemente. Ninguém consegue apressar o rio. Nunca ninguém vai dizer ao rio que ele deve andar rápido ou parar. Nunca apresse o rio interior. A natureza tem um tempo, e nós devemos seguir o mesmo tempo dela."
Era assim o velho Apolinário. Homem de poucas palavras, mas de sabedoria infinita.
Em outra ocasião, o velho surpreendeu-me com uma coisa tão bonita que fiquei muito impressionado. Na última vez em que fui à aldeia, ele me chamou de lado e, deitado na rede, sussurou ao meu ouvido : 
" Existem apenas duas coisas importantes que as pessoas devem saber para viver bem suas vidas :
1) Nunca devem se preocupar com coisas pequenas ;
2) Todas as coisas são pequenas ."

Extraído do livro : O Banquete dos Deuses - Conversa sobre a Origem da Cultura Brasileira, Munduruku, Daniel - Editora Angra
http://danielmunduruku.blogspot.com/