quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Co yvy ore retama - A verdadeira situação dos Índios Kaiowá



Infelizmente é essa a atual condição dos Índios Kaiowá, longe dos dias de glória, dias de "donos dessa terra". 

Co YvY Ore Retama ( De quem é esta terra ).

Índio Kaiowá

Por que você quer morrer, índio kaiowá?
Acaso não é bela a sua vida?
Seus filhos não correm soltos e felizes?
Onde estão o seu canto e a sua dança?

Por que você quer morrer, índio kaiowá?
Onde está o fruto da terra?
Onde está o jovem guerreiro?
Cadê o velho que em sua rêde contava histórias?
Por que você quer morrer, índio kaiowá?

Ah! Você está cercado!
Sua área é por demais pequena...
Perdeu seus meios de subsistência...

 
 
Ah! Você perdeu a sua identidade!
Já não sabe quem é..
.
Já não pode praticar seus rituais...

A criança, desnutrida, não mais corre.
O jovem está trabalhando na destilaria de alcool.
O velho ficou sozinho, lamentando o tempo antigo
em que o milho era abundante e o canto era forte.

Eu já sei porque você quer morrer índio kaiowá:
A dança e o canto eram sua vida!
Sem perspectiva, não há mais porque dançar, nem cantar...

Eu o compreendo, índio kaiowá!
Senti um nó na garganta...
Acho que vou chorar...


(Esse texto eu escrevi em comemoração aos quinhentos anos do descobrimento do Brasil, ocasião em que a Imprensa noticiava diariamente novos suicídios entre os índios da tribo Kaiowá).


Sonia Lodiferle
Publicado no Recanto das Letras em 03/04/2008
Código do texto: T929389

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ser ou não ser Resiliente ?


Resiliência é a capacidade concreta de retornar ao estado natural de excelência, superando uma situação critica. Segundo dicionário Aurélio, é a propriedade de pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de tal de formação elástica”.

Resiliência surgiu na física e significa a capacidade humana de superar tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades, é trabalhado em todas as áreas como saúde, finanças, indústria, sociologia, e psicologia. Embora seja um assunto muito recente entre nós, já é trabalhado à anos na América do Norte, com sucesso.
O estresse profissional é uma realidade observada hoje nas mais diferentes áreas e setores do mercado de trabalho, diferentemente do que muitos imaginam, não está restrito apenas para profissionais que exercem altos cargos em grandes empresas. O problema está presente nos mais distintos níveis hierárquicos, em empresas de todos os portes, isso se intensifica à medida que se aumentam cobrança, pressão etc. Neste mundo globalizado um grande diferencial representa a pessoa resiliente, pois o mercado procura profissionais que saibam trabalhar com altos níveis de cobrança. Esses profissionais recuperam-se e se moldam a cada “deformação” (obstáculo)situacional.
O equilíbrio humano é como a estrutura de um prédio, se a pressão for maior que a resistência, aparecerão rachaduras como doenças psicossomáticas que se manifestam nos indivíduos que não possuem esta característica ex: gastrite entre outras.
O ser humano resiliente desenvolve a capacidade de recuperar – se e moldar – se novamente a cada obstáculo e a cada desafio. Quando mais resiliente for o indivíduo maior será o desenvolvimento pessoal, isso torna uma pessoa mais motivada e com capacidade de contornar situações que apresente maior grau de tensão.
Um indivíduo submetido a situações de estresse que tem a capacidade de superá-las sem lesões mais severas (“rachaduras”) é um resiliente. Já o profissional que não possui este perfil é o chamado "homem de vidro", que se "quebra" ao ser submetido às pressões e situações estressantes.
A idéia de resiliência pode ser comparada às modificações da forma de uma bexiga parcialmente inflada. Se comprimida, pode adquirir as formas mais diversas e em seguida retorna ao estado inicial.
Existe dois tipos de indivíduos, aqueles que nascem e os que se tornam resilientes.
Todos nós podemos nos tornar resiliêntes. Seguem algumas dicas:
• Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade
• Aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação
• Praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição. Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, conseqüentemente, proporcionam sensação de bem-estar
• Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o "ponto de apoio para recuperar-se"
• Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança
• Transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom
• Assumir riscos (ter coragem)
• Tornar-se um "sobrevivente" repleto de recursos no mercado profissional
• Apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas)
• Separar bem quem você é e o que faz
• Usar a criatividade para quebrar a rotina
• Examinar e sobre a sua relação com o dinheiro
• Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer para em seguida retornar ao estado original .
A resiliência consiste no equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, de atingir outro nível de consciência, que nos traz uma mudança de comportamento e a capacidade de lidar com os obstáculos da vida e do profissional.
blo.agenegocios.com.br

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Há novo dia amanhã........

Ontem recebi o resultado do colégio de meus filhos ! Meu pequeno índigo não conseguiu alcançar os padrões de ensino impostos a ele e sucumbiu. Foi triste para mim ao ver a ânsia dele ao aguardar o resultado e posterior decepção. Seus olhinhos lacrimejaram e logo após,caiu em pranto: "Mas Pai ! Eu me esforcei !". ............Meu coração .........
Eu sei que esforçou, que lutou com tudo o que podia, mas, deixaste para lutar ao fim da batalha, onde não havia mais tropas e onde o moral já abalado venceu a motivação final.
Filipe meu filho ! A vida é assim mesmo, nós somos responsáveis pelos nossos atos ! Sei que sabes o que quero dizer-te. O mais importante agora é que, levantes a cabeça, assumas que falhastes em algum momento e reconheças que és capaz e que começarás novo ano mais que preparado. Estarei a teu lado para dar a você todo alento, carinho, amizade, amor e auxiliar-te nos teus afazeres.
Sei que tens lutado e daqui para a frente as lutas serão mais intensas mas tenho CERTEZA que você VENCERÁ ! Estarei sempre aqui ou alí, onde você estiver.
Parabéns filho ! por teu esforço, faltou um pouco mais de dedicação e comprometimento de ambos.
Jamais deixe que esse episódio esmoreça seu coração, traga-o sempre em sua lembrança como um ensinamento, um aprendizado e esteja pronto a ouvir as palavras de seus pais e seus mestres.
".......Assim também na vida,
Se atravessas grandes provas,
Na estrada em que te renovas,
Guarda a calma ativa e sã;
Sofre, mas serve e caminha,
Vence a sombra que te invade,
Se a hora é de tempestade
 Há novo dia amanhã… Emanuel


Que o sorriso e a alegria voltem ao seu rostinho e que creias que DEUS te capacitará a superar esse e outros desafios que virão. Estarei sempre aqui, não como um super-herói  pronto a salvá-lo, mas como um pai amoroso sempre pronto a te ouvir e a te ajudar.
Papai te ama muito minha pequena "criança índigo".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Minas Gerais



" Nas Minas Gerais, ainda existe um fundo de quintal onde se brinca, fala-se de amor, compõem-se canções e articulam-se revoluções".


Essa terra fez brotar em mim uma paixão, dessas que jamais tem fim. 
De repente descobri que tenho um coração, muito mais mineiro batendo dentro de mim.
Minas ! Por trás do monte
Minas ! Um Belo Horizonte
Minas ! Meu queijo e meu doce, meu algo mais...
Meu grande amor Minas Gerais.
Pois quem te conhece não esquece jamais !
Oh ! Minas Gerais.
( João Alexandre )

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

REFLITA !!!!



"É a ambição de possuir,
mais do que qualquer outra coisa,
que impede os homens de viverem
de uma maneira livre e nobre."

* Bertrand Russell

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Filosofando : O que é um mito ?


O homem de todos os tempos recorreu aos
mitos para transmitir a experiência.


Quando estudamos a trajetória dos seres humanos, desde os tempos mais remotos, percebemos que eles sempre se preocuparam em buscar explicações sobre as origens, sobre o sentido da vida, da morte... e dos acontecimentos aparentemente inexplicáveis que ocorrem à sua volta.
O homem primitivo habitava um mundo que ainda não compreendia e tinha de se defrontar com fatos e fenômenos que lhe causavam medo. Para torná-los compreensíveis e, conseqüentemente, afastar o temor e a insegurança, desenvolveu uma espécie de linguagem interpretativa, o mito, que explicava o mundo de forma alegórica ou poética, atribuindo a origem de tais fenômenos a deuses ou a seres que transcendiam os limites humanos. O mito pode ser definido, assim, como uma história sagrada, simbólica, que dá ao homem condições de se apropriar do mundo e modela comportamentos. Dessa forma, contribui para a perseverança  da cultura.
Por meio do sobrenatural, do transcendente, os povos primitivos tinham condições de lidar melhor com a realidade, situando-se de forma espontânea no mundo. As várias culturas trazem mitos sobre a origem do mundo, da tribo, do homem, dos vegetais, dos animais, da alegria, da dor, etc.
Homens de todos os tempos recorreram aos mitos para transmitir a experiência do sagrado, do divino. Apesar de não se orientarem por um raciocínio lógico, essas narrações simbólicas são uma forma metafórica de transmitir conhecimentos que vão além das categorias do pensamento, mas são fundamentais para a sobrevivência do ser humano em meio a um mundo hostil. A mitologia baseia-se na crença de que existe um nível invisível, desconhecido por nós, que sustenta o que é visível. Os mitos nos abrem a dimensão do mistério do Universo.
Uma vez que não somos apenas razão, importante compreendermos a função exercida pelos mitos em nossas vidas. Tal conhecimento nos dará  possibilidade de ter uma visão mais ampla da realidade humana.
A leitura apressada, na busca do sentido do mito, pode nos levar a pensar que se trata apenas de uma maneira fantasiosa de explicar a realidade ainda não justificada pela razão. Essa compreensão do mito não esconde o preconceito comum de indendificá-lo com as lendas ou fábulas, e portanto como uma forma menor de explicação do mundo, prestes a ser superada por explicações racionais.
No entanto, a noção de mito é complexa e mais rica do que essa posição redutora. Mesmo porque o mito não é exclusividade de povos primitivos, nem civilizações nascentes, mas existe em todos os tempos e culturas como componente indissociável da maneira humana de compreender a realidade.
Os contos de fada, as histórias em quadrinhos, sem dúvida nenhuma trabalham com o imaginário e mitos universais como o do herói e o da luta entre o bem e o mal. Examinando as manifestações coletivas no cotidiano da vida urbana, descobrimos componentes míticos no carnaval, no futebol, ambos com manifestações delirantes do imaginário  nacional  e da expansão de forças inconscientes.
Podemos ainda nos referir a um artista famoso como um mito: James Dean como o mito da "juventude transviada" ou, então, Marilyn Monroe ou Madonna  como mito sexual. A lista possível das conotações diversas que o mito assume não termina aqui. Apenas quisermos mostrar como um conceito tão amplo e rico não se esgota numa só linha de interpretação.
O mito não é resultado de delírio, nem uma simples mentira. O mito ainda faz parte da nossa vida cotidiana, como umas das formas indispensáveis do existir humano.

domingo, 29 de novembro de 2009

Reflexões sobre .........



Amor não se implora, não se pede, não se espera... Amor se vive, ou não.

Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.

Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.

As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.

Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.

Água é um santo remédio.

Deus inventou o choro para o homem não explodir.

Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.

Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.

A criatividade caminha junto com a falta de grana.

Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar..

Amigos de verdade nunca te abandonam.

O carinho é a melhor arma contra o ódio.

As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.

Há poesia em toda a criação divina.

Deus é o maior poeta de todos os tempos.

A música é a sobremesa da vida.

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Filhos são presentes raros.

De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.

Obrigado, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor.

O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

© Artur da Távola - 1936/2008

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O Olhar do Educador II


Os alunos não são iguais,
Aquela idéia de classes homogêneas, do professor chegar e falar do mesmo jeito em três turmas diferentes, ensinar a mesma coisa em três turmas diferentes, fazer a mesma prova para Três turmas diferentes, só porque eram da mesma série, isso é coisa do passado.
Qualquer professor consciente, responsável, verdadeiro educador hoje sabe que cada turma é diferente da outra, que em cada turma, cada pessoa é diferente da outra, cada um tem seu jeito de aprender, cada um tem seu jeito de lidar com o conhecimento.
Cada um traz a sua história pessoal, cada um tem suas motivações, cada um tem as suas dificuldades e a dislexia é apenas uma, apenas uma e nada a mais do que isso, uma dificuldade no meio de tantas outras.
Então o olhar......
E o olhar do educador tem que ser como o olhar de um pai que tendo dois, quatro,cinco ou dez filhos, ele sabe que cada um é de um jeito.
Com um ele pode falar mais alto, com outro ele tem que escolher as palavras,
Com um ele pode cobrar com veemência, o outro ele tem que seduzir, tem que cativar,
Outro é mais agitado, o outro mais calmo, um é mais tímido, enfim, o pai quer o melhor para todos e nem por isso ele senta todos na cadeira e dá aulas de vida, e exige as mesmas coisas nos mesmos prazos,
Ele quer que todos cheguem lá, que todos sejam felizes, pessoalmente, profissionalmente....
Mas ele vai tratando cada um......exatamente como são: ÚNICOS !
Cada um de nós pode ser mais útil se aprender olhar as pessoas através da janela ao invés de espelhos.
É só uma questão de olhar.
Prof. Mário Ângelo Braggio


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Olhar do Educador

"Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva."


"Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. Para isto existem as escolas: não para ensinar as respostas , mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido."
Rubem Alves

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Reflexão sobre a vida e a morte !

O mundo ao qual vivemos nos confronta a todo momento a rever nossos conceitos e valores. Muitas das vezes, as lições que nos foram passadas por nossos pais, tornaram-se futeis para as vindouras gerações.
A falta de respeito, de sensibilidade e de amor ao próximo, tem refletido no constante crescimento da violência em nossa cidade, país e mundo. Nos preocupamos com profecias sobre o fim dos tempos e nos esquecemos de agradecer ao Criador pois, somente ele pode nos dar e retirar o que temos constantemente desprezado - a vida.
Preocupamos com datas supersticiosas e colocamos nelas toda desgraça que acontece e esquecemos que somos os principais causadores de todas essas catástrofes.
Nós, seres que consideramos humanos, somos meros usuários de toda beleza que nos foi dada e como qualquer coisa que queira que perdure, devemos apenas e tão somente Preservar.
Mas fazemos exatamente o contrário, menosprezamos e consumimos todos os recursos sem nada fazer para preservá-los.
A poucos dias, vivenciei uma situação por demais trágica e desesperadora. O fato aconteceu em uma madrugada de uma sexta-feira 13, e os personagens não eram góticos, não menosprezavam sua existência, não acreditavam em profecias que não fosse as da palavra de DEUS e eram além de pessoas simples, crentes na palavras de DEUS, eram seres humanos de uma beleza irradiante. Minha convivência com parte dessa família era simples, de pouco convívio porém, de mútuo respeito.
As batalhas travadas em suas vidas, nem sempre lhe trouxeram vitórias.
Mesmo assim, com um semblante sofrido e olhar distante e desconfiado reiniciou sua caminhada fazendo o mesmo que os discípulos: seguindo a Jesus.
Trabalho árduo, Fé e perseverança foram constantes em seu dia-a-dia. O sonho de construir uma família, de ter a casa própria, neste fatítico dia foram-lhe arrebatados de sua vida.
Arrebatados pela vontade suprema de DEUS ao qual jamais contestaremos sua decisão. Pensamos nas consequências trágicas de atos inconsequentes de pessoas que, egoístas em sua forma de agir, ajudam no prenúncio de uma catástrofe jogando lixos e esgostos pela encosta abaixo não se importando sequer com a vida dos demais. Mas não somos  e nem seremos julgadores. Cabe ao bom DEUS a ação, por ser ele onisciênte e onipresente. Fica-nos um sentimento de dor, de revolta, de perda ! Fica sim ! Somos seres humanos e sujeitos a todo o tipo de desvio de conduta. Mas também somos seres criados a sua imagem e semelhança e que nos foi dado a vida para vivermos de acordo com os seus ensinamentos - mas , não agimos assim ! O procuramos apenas nos momentos de aflição, e mesmo assim ELE nos ouve, ELE é o Pai Zeloso.
A Bíblia diz em Isaías 26:19 “Os teus mortos viverão, os seus corpos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó; porque o teu orvalho é orvalho de luz, e sobre a terra das sombras fá-lo-ás cair.”   
Em João 5:28-29 “Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.”
Os justos serão ressuscitados na Segunda Vinda de Cristo. A Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 4:16-17 “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.” 

A palavra de DEUS está repleta de palavras de conforto e de ensinamentos. Cabe a você e a mim acreditar - Crente é todo aquele que crê .
Todas as bênçãos que Deus comunica ao homem vêm de sua mera graça, munificência ou favor; de sua livre, imerecida benevolência, representando graça inteiramente espontânea, visto nenhum direito ter o homem à menor clemência por parte da Divindade. Foi a livre graça que “formou o homem do pó da terra e nele soprou a alma vivente,” estampando nessa alma a imagem de Deus e “sujeitando todas as coisas debaixo de seus pés.” A mesma graça chega até nós, neste dia, traduzindo-se em vida, respiração e todas as coisas. Nada do que somos, ou possuímos, ou realizamos, merece o mínimo favor das mãos de Deus. “Todas as nossas obras, ó Deus, tu as operaste em nós.” Assim, elas são outras tantas manifestações de livre misericórdia; e, qualquer que seja a justiça que se encontre no homem, ainda será também uma dádiva de Deus.

“Pela graça sois salvos mediante a fé,” Ef 2.8.



Esta é, pois, a verdadeira essência de sua fé, a divina elegchos (evidência ou convicção) do amor de Deus o Pai, através do Filho de seu amor, comunicada ao ímpio, agora aceito no Bem-Amado. E, “sendo justificado pela fé, tem paz com Deus” (Rm 5.1); sim, tem “a paz de Deus reinando em seu coração;” tem uma paz que, excedendo a toda compreensão, (panta noun - toda concepção meramente racional), guarda seu coração e mente de toda dúvida e de todo medo, graças ao conhecimento daquele em que confiou. Não pode ele temer, portanto, “ser afligido por qualquer notícia má,” porque “seu coração permanece firme. Crendo no Senhor.” Não teme o que lhe possa fazer o homem, sabendo que mesmo seus próprios cabelos estão todos contados. Não teme os poderes das trevas, que o Senhor está cada dia mais decisivamente esmagando sob os pés. Muito menos teme a morte; antes, deseja “partir e estar com Cristo” (Fl 1.23), o qual, “através da morte, destruiu o que possuía o poder da morte, isto é, o diabo; e libertou os que, pelo temor da morte, estavam até então, e por toda a vida, sujeitos à escravidão” (Hb 2.15).


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Teoria X ( Hipótese da mediocridade das massas ) e Teoria Y

Teoria “X”
O criador chamou esta teoria como “Hipótese da mediocridade das massas”
Seus princípios básicos são:
1. Uma pessoa comum tem aversão pelo trabalho e o evitará sempre que puder.
2. Os seres humanos têm que ser forçados, controlados e às vezes ameaçados com punições para que se esforcem em cumprir os objetivos da organização.
3. Que o ser humano ordinário é preguiçoso e prefere ser dirigido, evita as responsabilidades, tem ambições e acima de tudo deseja segurança.
McGregor dizia que esta teoria não era imaginária e sim real e que ela influenciava a estratégia da direção. Pressupunha também que as necessidades de ordem inferior dominam as pessoas.
Teoria “Y”
Os princípios básicos são:
4. Que o esforço físico e mental que se realiza no trabalho é tão natural como o gasto no jogo, no repouso.
5. O esforço necessário para a consecução dos objetivos da organização depende das recompensas associadas e não necessariamente do controle externo e a ameaça de punições.
6. O indivíduo comum, em condições desejadas, não só aceita responsabilidade, também as procura.
7. As pessoas têm qualidades bem desenvolvidas de imaginação, invenção e criatividade para solucionar os problemas da organização.
8. Os seres humanos exercerão auto-direção e autocontrole no cumprimento dos objetivos com os que estão comprometidos.
A Teoria “Y” pressupõe que as necessidades de ordem superior dominam as pessoas. Pressupunha também que seus preceitos eram mais válidos que os da Teoria “X”.
Propôs idéias como a participação na tomada de decisões, responsabilidades e desafios.
Em geral, os preceitos de ambas as teorias podem resultar idôneos em situações concretas.
Traduzido por Navil Garcia Alfonso – navil_garcia@yahoo.com
Referência: http://www.wikilearning.com/monografia/la_motivacion-teorias_x_y_y_de_mc_gregor/16110-7

A motivação no ambiente profissional

Hoje em dia as empresas estão conscientes da importância de possuir uma estrutura comercial convenientemente qualificada e com um alto grau de motivação, que seja capaz de compartilhar e de apropriar-se dos objetivos estabelecidos pela instituição.
Entendemos por motivação toda força ou impulso interior que inicia, mantém e dirige a conduta de uma pessoa visando alcançar um objetivo determinado. No ambiente profissional, “estar motivado” supõe estar estimulado e suficientemente interessado como para orientar as atividades e a conduta para o cumprimento dos objetivos estabelecidos com antecedência.
Embora nos concentremos na equipe comercial, isso tudo pode ser também aplicado a qualquer outro departamento. A pró-atividade é uma das principais variáveis positivas do século XXI.
9.1. Processo da motivação.
A motivação nas pessoas inicia-se com a aparição de uma série de estímulos internos e externos que fazem surgir às necessidades. Quando estas se concretizam em um desejo específico, orientam as atividades ou a conduta na direção de alcançar os objetivos e a satisfação das necessidades.
motivação
Se aplicarmos o processo de motivação no ambiente comercial, a empresa, entre outros estímulos e incentivos, poderia iniciar a motivação dos vendedores realizando, por exemplo, uma política de promoções internas. Isso faria com que surgisse uma necessidade que se concretizaria no desejo de ser promovido.
De maneira geral podemos estabelecer uma distinção entre dois tipos de motivações:
• Motivação intrínseca: É aquela em que a ação é um fim em si mesmo e não pretende prêmio algum ou recompensa exterior à ação. O funcionário se considera totalmente auto-motivado.
• Motivação extrínseca: Surge como conseqüência da existência de fatores externos; isto é, tendo como referência algum elemento de motivação do tipo econômico.
É claro que se a empresa conseguisse que sua estrutura comercial ficasse motivada intrínseca e extrinsecamente, poderia ter seus funcionários com um bom nível de integração e satisfação. Assim, haveria um ambiente profissional com influências positivas no rendimento e nos benefícios da companhia.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sistemas de Administração das Pessoas ( Parte IV - Participativo )

É um sistema administrativo francamente democrático e participativo. É o mais aberto de todos os sistemas. Suas características principais são:
  1.  Processo decisorial: as decisões são totalmente delegadas aos níveis hierarquicos mais baixos da organização.Embora a cúpulaempresarial defina as políticas e diretrizes a serem seguidas, ela apenas controla os resultados, deixando as decisões e ações totalmente a cargo dos diversos níveis hierárquicos. Apenas em ocasiões de emergência, os escalões mais altos assumem decisivamente, porém, sujeitando-se à ratificação explícita dos demais níveis envolvidos. O concenso entre as pessoas passa a ser o conceito mais importante dentro do processo decisorial.
  2. Sistema de comunicação: as comunicações fluem em todos os sentidos( vertical, horizontal e lateral ) e a empresa faz vultosos investimentos em sistemas informacionais, pois são imprescindíveis para sua flexibilidade, eficiência e eficácia. A informação passa a ser um dos recursos mais importantes da empresa e precisa ser compartilhada por todos os membros que dela necessitem para trabalhar a fim de obter a sinergia necessária.      
  3. Relacionamento interpessoal: a ênfase é colocada no trabalho em equipe. A formação de grupos espontâneos é importante para o efetivo relacionamento entre as pessoas. As relações interpessoais baseiam-se principalmente na confiança mútua entre as pessoas e não em esquemas formais ( como descrições de cargos, relações formais previstas e m organograma etc. ). O sistema estimula a participação e o envolvimento grupal intensos, de modo que as pessoas se sintam responsáveis pelo que decidem e pelo que fazem em todos os níveis organizacionais.
  4. Sistema de recompensa e de punições: há forte ênfase nas recompensas, notadamente nas simbólicas e sociais, embora não sejam negligenciadas as recompensas salariais e materiais. Muito raramente ocorrem punições, as quais quase sempre são definidas e decididas pelos grupos envolvidos.

O sitema I geralmente é encontrado nas empresas que utilizam mão-de-obra intensiva e adoção de tecnologia rudimentar, em que o pessoal empregado é de baixa qualificação profissional. É o sistema comumente empregado na área de produção das empresas de construção civil ou de construção industrial, em pequenas fábricas de embalagens e textil.

O sistema II é frequentemente encontrado em empresas industriais que utilizam tecnologia mais apurada e mão-de-obra mais especializada, mas mantendo ainda alguma forma de coerção para não perder o controle sobre o comportamento das pessoas. É o caso da área de produção e de montagem da maioria das empresas industriais e dos escritórios de certas fábricas.

O sistema III é geralmente empregado em serviços, como nos bancos e financeiras ou em empresas industriais com tecnologia avançadas e com políticas de pessoal mais abertas.

O sistema IV é ainda pouco encontrado na prática, predominando em empresas que utilizam tecnologia sofisticada e onde o pessoal é extremamente especializado e desenvolvido, como nas empresas de propaganda, de consultoria em engenharia, administração ou processamento de dados etc.
Ref. Administração de Recusrsos Humanos - Chiavenato

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Tudo tem seu tempo próprio

1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu:
2 há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
3 tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar;
4 tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar;
5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
6 tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;
7 tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;
8 tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.
9 Que vantagem tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
10 Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os afligir.
11 Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração deles, sem que o homem possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
12 Já tenho conhecido que não há coisa melhor para eles do que se alegrarem e fazerem bem na sua vida;
13 e também que todo homem coma e beba e goze do bem de todo o seu trabalho. Isso é um dom de Deus.
14 Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar. E isso faz Deus para que haja temor diante dele.
15 O que é já foi; e o que há de ser também já foi; e Deus pede conta do que passou.
16 Vi mais debaixo do sol: no lugar do juízo, impiedade; e no lugar da justiça, impiedade ainda.
17 Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo intento e para toda obra.
18 Disse eu no meu coração: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os animais.
19 Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.
20 Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão.
21 Quem adverte que o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima e que o fôlego dos animais desce para baixo da terra?
22 Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; porque quem o fará voltar para ver o que será depois dele?
Eclesiastes  Cap. 3

domingo, 25 de outubro de 2009

Sistemas de Administração das Pessoas ( Parte III - Consultivo )

É um sistema administrativo que balança mais para o lado participativo do que para o lado autocrático e impositivo. Representa um gradativo abrandamento  da arbritariedade organizacional. Suas principais características são:
  1.  Processo decisorial: é do tipo participativo e consultivo. É participativo porque as decisões específicas são relativamente delegadas aos diversos níveis hierárquicos; mas devem orientar-se pelas políticas e diretrizes definidas pela direção da empresa para balizar todas as decisões e ações dos tomadores de decisão. É consultivo porque a opinião e os pontos de vistas dos níveis inferiores são considerados na definição das políticas e diretrizes que os afetam. Obviamente, todas as decisões são posteriormente submetidas à aprovação da cúpula empresarial.
  2. Sistema de comunicação: proporciona comunicações verticais no sentido descendente( mais voltadas para  orientação geral  do que para ordens específicas ) e ascendente, bem como para comunicações laterais ( horizontais ) entre os pares. A empresa desenvolve sistemas internos de comunicação para facilitar o fluxo informacional e como base para o alcance de seus objetivos.
  3. Relacionamento interpessoal: a empresa cria condições favoráveis a uma organização informal sadia e positiva. A confiança depositada nas pessoas já é bem mais elevada, embora ainda não seja completa e definitiva. O trabalho permite formação de grupos e de equipes transitórias em que o relacionamento humano é previlegiado.
  4. Sistema de recompensa e de punições: há ênfase nas recompensas materiais ( como incentivos salariais e oportunidades de promoção e desenvolvimento profissional ) e simbólicas ( como prestígio e status ), embora eventualmente possam ocorrer puniições leves e esporádicas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sistemas de Administração das Pessoas ( Parte II - Sistema Autoritário Benevolente )

É um sistema administrativo autoritário, porém, menos duro e menos fechado do que o sistema anterior. Na verdade, é uma variação do sistema autoritário-coercitivo, mais condescendente e menos rígido. Tem como características:

  1.  Processo decisorial: centralizado na cúpula da organização, porém permitindo reduzida delegação de decisões de pequeno porte e de caráter meramente repetitivo e burocrático, baseadas em simples rotinas e prescrições sujeitas a aprovação posterior, prevalecendo sempre o aspecto centralizador.
  2. Sistema de comunicação:relativamente precário, prevalecendo as comunicações descendentes, embora a cúpula se oriente em algumas comunicações ascendentes, vindas dos escalões mais baixos, como retroação de suas decisões.
  3. Relacionamento interpessoal: a organização tolera que as pessoas se  relacionem entre si, em um clima de condescendência relativa. Contudo, a interação humana é ainda pequena e a incipiente organização informal é ainda considerada uma ameaçã aos interessese  e objetivos da empresa.
  4. Sistema de recompensa e de punições: há ênfase nas punições e nas medidas disciplinares, mas o sistema é menos arbitrário e oferece recompensas materiais e salariais mais frequentes e raras recompensas do tipo simbólico ou social.

Sistemas de Administração das Pessoas ( Parte I - Sistema Autoritário Coercitivo )

Para analisar e comparar as maneiras através das quais as organizações administram seus participantes, Likert adotou um interessante modelo administrativo ao qual deu o nome de sistemas de administração. É composto por quatro alternativas avaliados em função de certas variáveis comparativas, como processo de tomada de decisões, as comunicações, sistemas de interação e influenciação entre participantes, a fixação de objetivos, o controle organizacional sobre o desempenho, o relacionamento interpessoal, os sistemas de recompensas e punições etc., formando um perfil organizacional que pode caracterizar cada empresa.
O Sistema Autoritário Coercitivo é um sistema administrativo autocrático  e forte, centralizador, coercitivo, arbitrário e que controla rigidamente tudo o que ocorre dentro da empresa. É o sistema mais duro e fechado. Tem como principais características:
  1. Processo decisorial: totalmente centralizado na cúpula da empresa. Todas as ocorrências imprevistas e rotineiras devem ser levadas à cúpula para resolução, e todos os eventos devem ser exclusivamente decididos pela cúpula empresarial. nesse sentido, o nível mais elevado se torna congestionado e sobrecarregado com a tarefa decisorial, enquanto os níveis mais baixos ignoram totalmente as decisões tomadas.
  2. Sistemas de comunicação: bastante precário e emperrado. As comunicações ocorrem sempre verticalmente, no sentido descendente, carregando exclusivamente ordens e raramente orientações ou explicações. Não existem comunicações ascendentes e muito menos laterias. As pessoas não são solicitadas a gerir a informação, o que faz com que as decisões tomadas na cúpula se alicercem unicamente em informações limitadas e geralmente incompletas e distorcidas.
  3. Relacionamento interpessoal: o relacionamento entre as pessoas é considerado prejudicial aos intereses da empresa e ao bom andamento dos trabalhos. A cúpula empresarial vê com enorme desconfiança as conversas informais entre as pessoas e procura coibí-las ao máximo. A organização informal é simplesmente vedada. Para evitar ou coibir as relações humanas, os cargos e as tarefas são desenhados para confinar e isolara as pessoas umas das outras.
  4. Sistemas de recompensas e punições: há uma ênfase nas punições e nas medidas disciplinares, gerando um ambiente de temor e desconfiança, onde não há respeito pelo líder - mas medo. As pessoas precisam obedecer fielmente às regras impostas não só às regras e aos regulamentos internos mas funcionam como "olheiros" a informar os fatos bizarros ao superior achando que assim, manterá sua empregabilidade. Se as pessoas cumprem suas tarefas , elas estão fazendo nada mais que sua obrigação. As recompensas são raras e, quando eventualmente ocorrem, elas são predominantemente salariais e materiais e destituídas de qualquer componente simbólico ou emocional. Quando ocorrem, se é que ocorrem, elas são frias e impessoais.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A arte da guerra - Sun Tzu

" Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo e nem a si mesmo, perderá todas as batalhas ......"

Noções de Liderança - Sun Tzu

Se, ao treinar soldados, as ordens forem diariamente reforçadas, o exército será bem disciplinado; do contrário, sua indisciplina será nefasta.
Se um general demonstra confiança em seus soldados, mas insiste sempre em que suas ordens sejam obedecidas, a vantagem será mútua. A arte de dar ordens não é procurar retificar pequenos erros nem ser dominado por pequenas dúvidas. A vacilação e a meticulosidade exagerada são os meios mais eficazes de solapar a confiança de um exército.

A Arte da Guerra - Sun Tzu

sábado, 10 de outubro de 2009

Iconoclasta

O termo iconoclasta deriva do grego eikonoklástes - aquele que destrói ícones. Sua origem está atrelada ao dogma religioso presente nos Dez Mandamentos, segundo o qual as pessoas não devem adorar imagens.Modernamente a palavra é empregada num sentido mais amplo, identificando aquelas pessoas que quebram regras, paradigmas, que fazem coisas que os outros dizem que não podem ser feitas. Esse é o tema do ótimo Iconoclast: a neuroscientist reveals how to think differently (Harvard Business Press, 2008).


O tipo de personalidade e comportamento característicos de um iconoclasta, da forma como Berns o define, compõe o perfil de um fora-de-série - ainda que a recíproca não seja verdadeira: ao contrário do fora-de-série, o iconoclasta não é, necessariamente, um sucesso de crítica e público. Ao menos não durante sua vida. O fora-de-série de Gladwell atinge um nível de realizações e reconhecimento enquanto vai compondo sua obra. Exemplos disso são outliers como Bill Gates, Pelé ou John D. Rockefeller.
Já os iconoclastas, apesar das grandes revoluções que possam ter operado em suas áreas específicas, ou até num contexto social mais amplo, não experimentaram ou não viram, obrigatoriamente, seu legado reconhecido.Exemplos muito claros disso são Howard Armstrong e Vincent van Gogh. Armstrong foi o criador, dentre outras coisas, da tecnologia de FM, cuja patente foi objeto de disputa durante mais de uma década, fato que levou seu criador à depressão e, posteriormente, ao suicídio. Já van Gogh dispensa apresentações e maiores explicações, uma vez que sua insanidade mental é, atualmente, tão inquestionável quanto a genialidade de suas obras.
  Grosso modo, Berns acredita que os iconoclastas enxergam o mundo de forma diferente dos reles mortais, em virtude de seus cérebros se comportarem de maneira atípica
Para Berns, o cérebro de um iconoclasta funciona de forma diferente dos demais em três aspectos básicos: Percepção, Reação ao Medo e Inteligência Social.
O primeiro deles - na verdade acredito que haja uma seqüência lógica, onde um leva ao outro - diz respeito à forma como percebemos o mundo à nossa volta. Em nossa jornada evolutiva, a vida adquiriu extrema complexidade onde lidar com as tarefas do dia-a-dia tornou-se um incessante desafio. Sozinho na tarefa de coordenar nossas ações enquanto nos mantém vivos, o cérebro vale-se de engenhosas artimanhas na tentativa de simplificar algumas dessas atividades.
Para trabalhar de forma eficiente - pois a quantidade de energia do corpo humano é limitada - o cérebro vale-se de atalhos. Ao deparar-se com o desafio de interpretar estímulos físicos originados nos cinco sentidos, ele busca maneiras de diminuir o esforço em identificá-los. Isto é conseguido através da associação desse estímulo com algo que já vimos antes (ou ouvimos, cheiramos etc.), com alguma experiência anterior.
Como todos temos várias experiências anteriores, o cérebro precisará decidir com qual ele irá associar aquilo que está percebendo no momento. Trata-se, assim, de um problema de interpretação. Considerando que tudo pode ter múltiplas interpretações, aquela que o cérebro escolhe representa, então, sua melhor opção. Essa escolha baseia-se, por sua vez, num encaixe quase estatístico que mostra a maior adequação de uma interpretação em relação à outra, dentro de uma das muitas categorias que ele tem armazenadas em seu vasto repositório de informações: a memória.
A percepção responde, assim, por boa parte da complexidade desse desafio, pois o modo como percebemos as coisas não é apenas um resultado do que nossos olhos e/ou ouvidos transmitem ao cérebro. Mais do que a realidade física de fótons ou ondas sonoras, a percepção é um produto do cérebro.
A figura ao lado, conhecida como Triângulo de Kanizsa , representa um ótimo exemplo disso. Apesar de não haver um triângulo branco no centro dela, você é capaz de enxergá-lo nitidamente, pois é a coisa mais parecida com que o seu cérebro consegue fazer uma rápida associação - a menos que você tenha sido um jovem na década de 1980 e passado longas horas em frente a um Atari jogando Pac-Man...
Se esse processo nos permite perceber e avaliar as coisas com mais rapidez e eficiência, por outro ela pode limitar nossas possibilidades de enxergar a realidade, no sentido mais amplo do termo. Isso ocorre pois a pessoa cujas experiências passadas forem pouco variadas, terá menos alternativas para entender e classificar aquilo que seus sentidos capturam.
A percepção é construída, portanto, através de um processo de aprendizagem que não está irrevogavelmente pregado ao cérebro. Ela é adquirida através da experiência e, sendo assim, pode ser constantemente reaprendida. Mas como órgão preguiçoso que é, o cérebro só muda se for obrigado a isso. Para tal ele precisa ser constantemente forçado a reaprender ao ser confrontado com algo novo, pois novidade equivale a aprendizado, e aprendizado significa reescrever fisicamente o cérebro.
Para reduzir os limitantes efeitos das experiências passadas em nossa percepção o ideal é bombardear o cérebro com realidades diferentes, idéias novas, conceitos inéditos. Novidades liberam os processos de percepção das amarras de antigas experiências e forçam o cérebro a improvisar julgamentos.
Essa afinidade do iconoclasta com o novo confere-lhe, assim, um enorme poder de renovação e ampliação das categorias armazenadas em seu cérebro. Isso permite que um número muito maior de associações possa ser feito e mais interpretações tornem-se possíveis.
Resumidamente, a aguçada curiosidade de um iconoclasta haverá de permitir-lhe expôr-se a um número muito maior de estímulos que, por sua vez, criarão e enriquecerão seu repositório de experiências. Com esse fabuloso arcabouço teórico, prático e estético, o iconoclasta torna-se apto a questionar padrões, buscar novas realidades, propôr mudanças, destruir crenças e criar um mundo diferente do qual as pessoas acreditam.
O problema com a novidade, contudo, é que ela está fora da zona de conforto da maioria de nós. Nem todo mundo sente-se à vontade ao sair de seu mundo particular e conhecido, para embrenhar-se por caminhos onde nunca esteve antes. O novo desperta o medo. E é exatamente a forma como o iconoclasta se relaciona com seu próprio medo que torna-o tão especial. Essa é a segunda característica do iconoclasta abordada por Berns.
http://rodolfo.typepad.com/no_posso_evitar/2009/01/iconoclasta.html